(1909 Assaré/CE - 2002 Assaré/CE)
Amanhã, ilusão doce e fagueira, Linda rosa molhada pelo orvalho: Amanhã, findarei o meu trabalho, Amanhã, muito cedo, irei à feira. Desta forma, na vida passageira, Como aquele que vive do baralho, Um espera a melhora no agasalho E outro, a cura feliz de uma cegueira. Com o belo amanhã que ilude a gente, Cada qual anda alegre e sorridente, Como quem vai atrás de um talismã. Com o peito repleto de esperança, Porém, nunca nós temos a lembrança De que a morte também chega amanhã. -NO PALCO- |
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