sábado, 29 de outubro de 2011

LIVRE ARBÍTRIO



E ele dizia: mar!
E a água jorrava.
E ele dizia: bichos!
E micos pulavam.
E ele dizia: céu!
E o azul cintilava.
E ele dizia: homem!
Mas o homem
Não lhe atendia.

- NO PALCO-
 D.Everson

O CHORO DA CHUVA



Se hoje chove,
é porque você se foi...
Culpo a sua ausência
por essa tempestade...
Permanece chovendo:
você não voltará...

O sol brilhando
não é o seu retorno...
Apenas, por um momento,
esqueci que você se foi...

Em cada lembrança,
uma chuva fina cai no jardim...
Em cada tempestade,
é você no meu pensamento...
Entre sol e chuva,
você se vai, se vai, se vai...

-NO PALCO- 
  Fred Caju

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

" Antes que o dia acabe" Concurso Oswaldo Montenegro- Eu quero ser feliz agora.


    Divulgando meu novo vídeo para o Concurso de Oswaldo Montenegro.
   Quanto mais acessos tiver, mais chances terei de ganhar. Me ajudem visualizando e divulgando.
   Agradeço a todos!

domingo, 16 de outubro de 2011

O Assassino era o escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do
sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto dire
to na cabeça.





- NO PALCO- 
Paulo Leminski